A emigração acompanha a humanidade desde que ela existe. A maior onda de emigração histórica foi a dos europeus para com os “novos mundos” de finais do século XIX. Ao final do século XX, os fluxos migratórios se aceleraram alimentados por uma crescente desigualdade territorial e social, crises e conflitos, bem como a circulação de informação, que estimula a comparação e a vontade de sair. No início do século XXI as emigrações se mundializaron. Crises políticas, guerras, perseguições e violências políticas, alimentam importantes movimentos migratórios.
As populações que, nesse contexto, ficam no interior de seus países se transformem em “pessoas deslocadas”. As que atravessam a fronteira podem pedir asilo em outro país. Uma pequena parte obtém o estatuto oficial de “refugiado” definido pela Convenção de Genebra de 1951, que está em causa, sob a proteção do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.
Este é o grande contexto do fenômeno migratório que está indo a mais e que as consequências do aquecimento global multiplicarão. Alguns fluxos vêm fortemente determinados pela proximidade geográfica, como no estreito de Gibraltar, o canal entre a Itália e o norte da África ou da fronteira entre o México e os Estados Unidos. Outros vêm marcados pela história, como os que ligam os antigos colonizados com as antigas metrópoles coloniais. Em finais do século, apenas 40% da emigração mundial era de Sul a Norte.
Menos conhecidos, os fluxos “internos” dentro do Sul, freqüentemente regionais, têm uma importância crescente. A criação da União Europeia levou consigo a livre circulação dos europeus, mas contribuiu também para o reforço das fronteiras externas do espaço. A partir da crise do petróleo de 1973, as grandes nações europeias receptoras de migrantes (França, Reino Unido e Alemanha) deixam de emitir permissões de trabalho automaticamente. Desde então já não é possível instalar-se sem ter obtido previamente um contrato de trabalho. Os candidatos à emigração devem direcionar suas atividades para as duas únicas portas de acesso que são: o reagrupamento familiar ou o asilo político.
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Quem não tem acesso a esses canais usam as redes clandestinas. Esse endurecimento, que data de 1973, unido ao reforço da fronteira externa da UE, aumenta o recurso ao passo clandestino. O exame histórico da reação que a emigração provoca nos países receptores, sugere que, para além da globalização e diversificação do fenômeno, não há nada de novo na atual xenofobia europeia.
Em cada época da opinião pública reinventa a figura do estrangeiro inasimilable. No final do século XIX, estabeleceu o medo ancestral que vem de fora. O discurso da imprensa e das elites, alimenta o estigma do estrangeiro como o oposto do “nacional”. Os estereótipos que se puseram então em marcha marcam durante muitos anos, a imagem dos emigrantes; muito numerosos, portadores de doenças, consumidores do pão dos locais, potenciais criminosos e politicamente ameaçadoras.
Essa rejeição se nutriu também com o anti-semitismo e o racismo, no caso de os impérios coloniais. Com cada onda de emigração, as mesmas queixas. Com todas as crises, as mesmas tensões exacerbadas. A causa da solidariedade, do humanismo internacionalista e a aceitação da diversidade tem que ser afirmada por cada geração.
O coto para o estrangeiro tenha conhecido muitos altos e baixos, alternando radicalizaciones em tempos de crise e abertura quando se precisava de mão-de-obra. A Primeira Guerra Mundial foi um marco, com a criação do documento nacional de identidade e o início do recrutamento geral, organizada pelas nações mais adiantadas. Na França foram criados, então, os primeiros organismos para organizar uma chegada em massa de trabalhadores estrangeiros para alimentar a caldeira de guerra industrial que a mobilização tinha esvaziado. A crise dos anos trinta impulsionou a xenofobia e o anti-semitismo em um contexto de desemprego. Durante a Segunda Guerra Mundial, esses traços adquiriram dimensões criminosos, com a Alemanha nazista na vanguarda.
Para fazer frente ao colapso demográfico, no pós-guerra, foram liberalizados as políticas migratórias. Nos trinta gloriosos os Estados se submetem às necessidades da iniciativa privada. Atualmente, essa tendência é esmagador e determina a política dos governos. A atual crise migratória, que vive a Europa reúne muito de tudo o mais visado, mas vem complicada por dois aspectos.