Ana, Ana, o que Sentiria Por ele?

Ana, Ana, o que Sentiria Por ele?

Ana, Ana, o que Sentiria Por ele? 1

Hoje encerrei uma etapa da minha vida, a sétima, e com este bate com a porta eu pego meus dedos. Ainda, sobre esta cama,giram planetas e satélites alguns cheiros úmidos e sedentos. Formou-Se sobre mim uma nuvem interestelar de dor ambíguo.Preciso de tempo para reorganizar o caos que flutua sobre a minha.

Estou exausta. Pensei contemplar estrelas enquanto hoje descubro que só foram buracos negros que me devoram por dentro,como um câncer. Na minha evolução eu me tornei pulsar, repleta de nêutrons e vísceras.E eu continuo girando,enquanto eu me enjôo:Estrela canibal,esse é o meu nome. Stella vai tomando consciência e abre os olhos. Seu corpo nu, mas o vestido do cheiro do sexo.

Cada poro vai despertandola.Em sua cama pendem pedaços de ansiedade e desejo.Partes que a levam a sua paraiso devastado.E descobre que já não é só sexo o que enche seu enorme furo interno. Sua necessidade de amar,mais do que em entrega se traduz na posse. E hoje tem despertado única. Outra vez. E prepara a banheira. Precisa de limar odores para sempre, deixar que toda a dor de sair pelo ralo. Já estou preparada.Eu quero voltar para o céu. E apesar de a temperatura da água, Stella se deixa flutuar,como fazem as ninfas.As pastilhas de Orfidal a limpo por dentro. Com o sabor de nada.

Stella desaparece,como muitas outras estrelas devoradas por buracos negros. Para vários dias, que eu sempre parava no mesmo bar, eu gostava da gente que estava por lá, e o garçom me animado. Sua calça jeans eu ficava muito tesão. Eu olho, mas seu olhar-lhe para parecer algo ambíguo. Eu acho que sabia o que pensava, mas não queria ponermelo muito difícil. Nesse momento apareceu a sua amiga e se aproximou do meu. Eu estava tão excitado que não me dei conta até que estava acima da minha, com duas cervejas, sentou-se ao meu lado. O garçom não parava de olhar.

Ela se aproximava cada vez mais para o meu, o meu vestido deixava ver meus mamilos. Começou a me acariciar as pernas e nas costas: Enfiou a mão pelo decote traseiro e me acaricio o sexo, eu estava completamente molhada. Eu olhava para o garçom que agora se esfregava contra a barra e nos olhava, ela introduziu seu dedo, e eu estava prestes a cum. E no meio do tédio, apareceu Eva, como uma flor em plena tundra, como um sonho inesperado no fim da noite. Sua nudez lhe perturbou-se, e, a princípio, pensou que, sem dúvida alguma, o sonho se desvanecería, ou lhe saciaría como tantas outras vezes.

o Seu corpo se estendia como um ambíguo oceano, já que, se movendo de um lado para o outro, meciéndome entre suas pernas fortes, entre os seus seios firmes, banhada de espuma e suor salitroso. Eu sussurrava obscenidades . Suas posições eram harmoniosas, premeditadas, autómaticas. Eu só queria dizer-lhe que a queria. Simplesmente isso: a queria.

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Mas sabia que era impossível. Enquanto eu me masturbava gemendo bem, fingindo que aquela animado, dirigi meu olhar por um instante a câmera, enquanto o realizador, comiéndose impassível, um lanche, lançava um olhar sobre o roteiro do filme. Hoje a vi ao me levantar da cama. Como Me disse mais para ela.

Estava nu, o mesmo que ontem à noite, quando , em um frenesi apaixonado de amor, juntos, esbarrando nos picos mais altos. E sim entanto, sem saber porque, tudo me parecia irreal, ambíguo, anacrônico. Frio e calor. Essa era a sensação. E o microcosmo em que se movia e não permitia parar para analisar sensações ou sentimentos.

no entanto, ele costumava apreender o espírito a lembrança dos encontros roubados. Sentava-Se no seu posto. Colocava todos os seus sentidos em desenvolver o seu trabalho com eficiência, dele dependiam muitas vidas. Mas não pôde evitar a lembrança. Começava por um leve arrepio ao final de costas e continuava com a clássica carne de galinha nos braços. Prosseguia com uma micro descarga elétrica que subia pela coluna e remataba com uma sensação de erizamiento do cabelo da base da nuca. E tudo o cruzamento ocorrido momentos antes no corredor. Não podia evitá-lo. O estado havia desenhado os uniformes do exército, de maneira que não se distinguiese entre homem e mulher.

Era, por assim dizer, um ser assexuado. Mas não ambíguo. Não por menos. E em um submarino, onde o espaço é muito estreito, de cada vez que cruzava com o soldado e lhe oferecia a sua volta ao atrito ficava impregnada da sensação física da diferença. Os seios dela lhe apontam para um caminho de sensações que lhe deixavam impressão durante alguns minutos maravilhosos.

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Joana

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