O impacto pessoal, social e econômico do câncer é de enorme magnitude. Esta doença é a segunda causa de mortalidade na Europa, a primeira entre os menores de 65 anos, e as taxas de sobrevivência de cinco anos, que se situa em 53%, não melhoram com a suficiente rapidez.
Por este motivo, a AECC desenvolveu este estudo (‘Comprometidos com a investigação do cancro’) sobre o financiamento, a pesquisa e o tratamento da doença, para solicitar uma estratégia nacional que assegure o cumprimento dos objetivos propostos. Por exemplo, para alcançar a sobrevivência de 70% em 2030, “pedimos que, ao menos, dobrar o investimento para investigar esta doença”, diz Isabel Lima Martinez – Avial, diretora geral da Fundação Científica da AECC. D em Portugal diminuiu em 1.400 milhões de euros, ou seja, uma redução de 21%. Estes dados preocupam os especialistas, sobretudo se os compararmos com os dos restantes países da União Europeia.
D 286 euros por pessoa (4% menos que em 2007). Isso é uma quarta parte de tudo o que destina Alemanha (1.124 euros por habitante) e a metade de o que dedica França (750 euros por pessoa). Esta distância entre países pode fazer, de acordo com os especialistas, que a Espanha não cumpra seu objetivo de alcançar 70% de sobrevida em câncer para dentro de 12 anos. Além disso, “limita a capacidade de competir internacionalmente na atração de talentos e de fluxos de investimento”.
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No que diz respeito especificamente à investigação oncológica, a situação é algo diferente. O financiamento provém, sobretudo, da filantropia e dos programas europeus projectos de investigação de qualidade, algo que, nas palavras dos especialistas, dar um “empurrão” para a investigação sobre o cancro em Portugal. Em Frente à estagnação do investimento público, a partir de 2010 até 2016, os fundos destinados à filantropia são houve um aumento de 178% e 48% dos provenientes dos fundos europeus.
Conforme mostra o relatório, “no total, desde 2007, Portugal foi destinada a investigar em câncer -tendo em conta todas as fontes de financiamento – 1.555 milhões de euros”. No entanto, e assim o indicam as conclusões do estudo, devido à estagnação do investimento público, a Espanha não vai poder fazer face ao desafio do câncer nem local ou globalmente.
Não há dúvida de que, para avançar rumo a melhores tratamentos que consigam diminuir as mortes por câncer, a investigação é e será o sustento de todos. Daí que, no passado mês de abril, os especialistas reclamados um pacto de Estado da investigação oncológica, que pediram uma reforma estrutural do sistema.
Ruth Vera, presidente da Sociedade Espanhola de Oncologia Médica (SEOM). Apesar da falta de financiamento dos últimos anos, Portugal conseguiu situar-se no ‘TOP 10’ das publicações científicas oncológicas. Estas publicações, lançadas entre 2007 e 2016, são comparáveis a outros países da Europa como a França e a Alemanha. Mas a situação atual dos pesquisadores constitui uma importante barreira para continuar a fazer face aos trabalhos. Há dois aspectos importantes que preocupa os especialistas: a perda de talento pesquisador e a falta de relevo geracional. Atualmente, a média de idade dos pesquisadores principais aumentou, passando de 46 a 49 anos de idade.