“Algo Me Dizia Que Eu Não Era Feito Para Trabalhar Para Os Outros”

“Algo Me Dizia Que Eu Não Era Feito Para Trabalhar Para Os Outros”

"Algo Me Dizia Que Eu Não Era Feito Para Trabalhar Para Os Outros" 1

Dimitri (31), Antonio (32) e Carlos (40) têm em comum a paixão pelo Direito e um claro espírito empreendedor. Os três exercem como profissionais liberais na plataforma Advogado Freelancer, um site que engloba inúmeros assessores legais sob o guarda-chuva do trabalho por conta própria. Uma de suas principais reivindicações é a cotação em função dos rendimentos, além de uma melhora nos mecanismos de financiamento. Como surgiu a ideia de entrar por vossa conta?

No meu caso, além de um trabalho, o ser advogado é uma vocação.

já O fizeram movidos pela situação do mercado de trabalho, ou por vocação empreendedora? Carlos: eu sempre trabalhei para outros escritórios, mas em 2010 entrei para um projeto empresarial com meu irmão. Nestes 3 anos que levo como autônomo (meio advogado, meio empresário) estão sendo pessoalmente muito satisfatórios. No meu caso, além de um trabalho, o ser advogado é uma vocação. Antonio: para mim, desde o início, o que eu mais gostava era o litígio, o ir a julgamento.

Pouco a pouco fui me especializando-se em matéria bancária: as preferenciais, a dívida subordinada, cláusulas solo, etc., Poder reivindicar a um banco me motiva, e muito. Por necessidade do mercado decidi ficar por minha conta, ganhei a primeira sentença em Barcelona contra a Caixa Galicia por um tema de um produto financeiro complexo, e a partir daí se fez publicidade, eu comecei a entrar clientes.

A verdade é que não me posso queixar. Dimitri: no meu caso, me tornar independente foi por decisão própria. Algo dentro de mim me dizia que eu não era feito para trabalhar para os outros. Queria tomar minha própria aventura: montei uma empresa que não tinha nada que ver com a advocacia, mas aquilo não foi bem. Às vezes as ideias chegam antes que os meios e as possibilidades.

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No final acabou ver o que se está fazendo nos estados unidos. EUA. e lá a advocacia freelancer é muito mais comum do que aqui. Vi um modelo de negócio e eu mergulhei. A mim me motiva mais trabalhar para mim mesmo, mas entendo as pessoas que dizem que trabalhar para outro é um conforto, porque você não tem dores de cabeça. Você conhece difíceis os procedimentos para registrar-se como autônomo ou empreender neste país?

Carlos: a mim parece-me um pouco mito essas queixas de que custa muito constituir uma empresa em Portugal. É verdade que há mais burocracia, mas se um empresário ou autônomo não pode ultrapassar essas barreiras, O único problema realmente para iniciar uma atividade é o financiamento. No nosso caso, é mais fácil, pois, por ser uma profissão intelectual não temos que iniciar uma produção, um processo, etc., Dimitri: o nosso trabalho consiste em lidar com burocracia, por isso não o vemos isso como um problema, mas sim que é verdade que, quando comparada com o nosso ambiente internacional, aqui é um pouco mais complicado.

Antonio: eu quis capitalizar o meu desemprego, e pareceu-me infeliz que me penalizaran por não ir ao regime do DESAFIE. Se eu vou para a reciprocidade da advocacia, eu perco um 40% da prestação. Em setembro, foi aprovada a nova Lei de Empreendedores, com medidas que tentam fomentar a actividade dos trabalhadores independentes, como a tarifa plana, a responsabilidade limitada ou o critério de caixa no pagamento do IVA. Como valoráis esta nova legislação?

o É suficientemente ambiciosa? Dimitri: eu acho que ficou curta. Desde então é um avanço, mas a maior reivindicação é de que os autônomos poderíamos citar, em função do faturamento. Isso não se faz, porque se presume que os autônomos somos uns malandros, é uma presunção de culpa. Mas se ao fazer isso eu estou atirando pedras contra o meu próprio telhado!

Por sinal, muito obrigado pelas maravilhosas pensões dos autônomos, que citamos como todos os outros trabalhadores. Por que não nos querem equiparar ao dos demais trabalhadores? Essa é a queixa principal dos autônomos. O que nos estão dizendo com isso é que é muito melhor ser empregado.

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Joana

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