A fotografia subida de tom do professor J. R. B. esteve circulando por grupos do WhatsApp e redes sociais durante vários dias, até que chegou a forrar as paredes do instituto onde o protagonista dava aula. Nunca se soube quem foi o responsável de pendurá-la, mas grande parte dos alunos e até mesmo alguns pais já incorporados às novas tecnologias contribuíram para a sua divulgação. A situação nos próximos meses no instituto madrileno foi tão insustentável que J. R. B. foi dado baixa e depois procedeu-se à sua transferência.
de Acordo com o Defensor do Professor, o Menino Jesus, os casos de ‘cyberbullying’ aumentaram 10% no último ano e são os mais numerosos, juntamente com as faltas de respeito e os problemas de comportamento em sala de aula. O insulto, a ameaça e a intimidação têm ainda a tela do computador, tablet ou telefone celular como um sofisticado estilete ofensivo. Posso levar os e-mails para a Polícia?”. “As Tecnologias da Informação e da Comunicação são as ferramentas que foram utilizadas, em algumas situações, para gerar o resto de problemas. Em 19% dos eventos atendidos identificava as redes sociais como ferramenta de assédio e agressão”, indica Criança.
O que antes se circunscribía ao âmbito educativo e situava-se em um espaço e tempo determinados estende-se a qualquer lugar e hora do dia. “Agora, o docente pode estar fora do seu horário lectivo, longe de seu local de trabalho e, no entanto, continuar a ser vítima de abuso”, diz Criança.
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Embora esta tipologia aumenta em Educação Primária, é especialmente significativa a ISSO e, às vezes, torna-se difícil o controle do uso da tecnologia nas salas de aula. Sem dúvida, diz o Defensor do Professor, a figura do professor perdeu a autoridade. “Convém lembrar a mudança social em relação ao papel da escola, que deixou de ser um lugar de aprendizagem, respeitado um espaço onde se manifestam insatisfacciones e controvérsias. Ambos os aspectos produzem no corpo docente um notável desgaste, contribuindo para o aparecimento de certas alterações emocionais, como a ansiedade ou a depressão.”
Mais da metade do professorado vive com a tensão dos conflitos e quase um terço não pode desenvolver sua tarefa com normalidade, coletar an-pe, em seu último relatório. Dados e números à parte e à margem da intensidade e gravidade das agressões, o Menino Jesus qualifica o fato de que estes acontecimentos estão produzindo como “grave”. Picos Elevados de ansiedade e stress, um sentimento de baixa realização pessoal, esgotamento emocional, tratamento distante com os alunos e diminuição do humor são alguns dos sinais do ‘professor queimado’, diz David Lanças, psicólogo de Álava Reyes. “Sempre que houver violência, terá que denunciá-lo aos responsáveis do centro para que se tomem as medidas adequadas.
Talvez precisemos aprender estratégias para lidar com as problemáticas pelas quais estamos passando. Tanto para dispor delas como para fazer uma boa avaliação das alternativas e análise de conseqüências ajustado, seria bom ir a uma terapia”. Em outro centro foi aberto processo para um aluno de 4º a ISSO que postou um vídeo na internet ridicularizando a dois docentes. Enquanto se decide a punição, os dias passam e estas professoras devem lidar com o aluno sem que o menino tenha visto as conseqüências de sua conduta.
Com um orçamento de cerca de 2.000 milhões de euros por ano, é uma das comunidades que mais gastam em educação em termos relativos (quase um euro de cada cinco dos que gasta a Junta). Outro dos desafios passa por continuar mantendo os excelentes resultados no relatório PISA 2015, que situaram a Castela e Leão em primeiro lugar, a de Portugal e a altura dos 15 melhores países do mundo. Por outro lado, o número de alunos que não conseguem terminar os estudos obrigatórios continua a ser elevado, 16,9%. Para isso, a partir da Junta vão reforçar as medidas de reforço acadêmico.