O genoma humano contém entre 26.383 e 39.114 genes, de acordo com a codificação realizada com um 99,96% de confiabilidade dos cientistas da empresa privada Celera Genomics. Oito meses depois de dar a conhecer o primeiro rascunho do genoma humano, a equipe de pesquisadores da Celera Genomics, publica na revista Science, a sequenciação de 95 por cento dos genes do homem.
A decodificação foi feita a partir do DNA de dois homens e três mulheres: um afro-americano, um chinês, um mexicano e dois caucasianos, cujos dados permanecem no anonimato. Nesta leitura trabalharam 282 cientistas de instituições acadêmicas e comerciais)provenientes de Estados Unidos, Austrália e Espanha. Os cientistas identificaram com precisão 26.383 genes codificadores de proteínas e estão analisando outros 12.731 genes hipotéticos, pelo que o total pode ser de 39.114, mas também ficar em 26.383 já identificados. A diferença em números fornecidos por grupos que estudam o genoma humano reside nos métodos de cálculo empregados.
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- 1962: Joachim Gallery, em Chicago. Galerie Assim, Paris. Sala Gaspar, Barcelona
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Os cientistas da Universidade de Ohio, usaram 13 bases de informação genética, de frente para as duas usadas pelas equipes anteriores. Por enquanto, sabe-se que Venter fez perder as apostas sobre este particular, pois previu que teria 48.011 genes. Isso significa que a quarta parte do genoma contém genes que não têm nenhuma função. Por cromossomas, a densidade de genes é mais elevada no 17, 19 e 22, enquanto que os cromossomos X, 4, 18, 13 e E parecem relativamente áridos. Mais de um terço do genoma (35,3 por cento) contém sequências repetidas.
Por exemplo, o cromossomo 19 é repetitivo em 57 por cento. Um fato que indica a necessidade de se estudar com mais profundidade do que é chamado de “DNA lixo”. SPN ou polimorfismos mononucleótidos e são as que fazem a diferença entre um indivíduo e outro. Segundo a equipe de Venter, a proporção destes polimorfismos que origina proteínas disfuncionais (possíveis causadores de doenças) seria de, pelo menos, 1 por cento. O 0,01% restante (cerca de 1.250 letras do DNA) marcam as diferenças entre uns e outros. Dá-Se o paradoxo de que pessoas de grupos étnicos diferentes poderiam ter em comum, geneticamente falando, que indivíduos da mesma raça.
A equipe de Venter assegura que 85 por cento do genoma sequenciado está ordenado corretamente por segmentos de cerca de 500.000 pares de bases. Para verificar esta rigor, os pesquisadores compararam as secuenciaciones dos cromossomos 21 e 22, que já haviam sido concluídas de forma definitiva em trabalhos anteriores. Venter afirma que “o resultado foi excelente”. A sequenciação do genoma permite, entre muitas outras coisas, conhecer melhor as relações que se estabelecem entre os genes e o comportamento humano.
Em algumas ocasiões, os meios de comunicação anunciam a existência do “gene” qualquer recurso, seja a inteligência, agressividade, timidez, a homossexualidade ou mesmo a má sorte. Nada mais longe da realidade. Barbara Jasny, redatora de Ciência e encarregada do artigo de Venter. A conduta rege-se por tudo o mais complicado do mundo: o cérebro.