Com o nome do retábulo-mor se designa particularmente a que preside o altar-mor de uma igreja; uma vez que as igrejas podem ter outros retábulos localizados após os altares de cada uma das capelas. O jardim das delícias, do Bosco (aberto), ca. Nos de grande complexidade colaboravam arquitetos, escultores, estofadores, doradores, carpinteiros e entalladores, pelo que a sua elaboração foi um processo caro e lento, principalmente os exemplares de maior envergadura. Os retábulos costumam adotar uma disposição geométrica, dividindo-se em “corpos” (seções horizontais, separadas por faixas) e “ruas” (seções verticais, separadas por pilastras ou colunas). ] e costumam abrigar representações escultóricas ou pinturas.
O retábulo costuma elevar-se sobre um soquete para evitar a umidade do solo. A parte inferior, que apoia sobre o soquete é chamado de banco ou um, e se apresenta como uma seção horizontal de modo friso que, por sua vez, pode ser dividida em compartimentos e decorada. O elemento que cobre toda a estrutura pode ser uma “luneta” semicircular ou uma “espinha” ou “sótão”; como corresponde a sua posição dominante, tende a ser reservado para a representação do Pai Eterno ou a um Calvário. Todo o conjunto é protegido por vezes com uma moldura chamada macacão, muito comum nos retábulos góticos. ] permitiam apresentar duas disposições: aberto e fechado, embora, às vezes, a complexidade é maior (altar de Isenheim).
A posição “fechado” dos retábulos flamengos costumava conter grisallas (uma representação pictórica que simula -ao trompe-l’oeil – esculturas de pedra). A articulação dos retábulos originou a denominação alemã Flügelaltar (literalmente “altar de asas”). ]), praticamente aboliu o uso de retábulos e imagens sagradas nos territórios que protagonizaram o movimento (Alemanha do norte, Suíça, Holanda, Inglaterra, Escandinávia).
Em artes cênicas, “rua” é o pequeno palco em que se representa o teatro de fantoches. Cervantes se refere a esta forma teatral em duas ocasiões: no retábulo das maravilhas (entrada de 1615) e nos capítulos XXV e XXVI da segunda parte de Dom Quixote de la Mancha (publicada no mesmo ano). Manuel de Falla compôs O retábulo de Mestre Pedro (1923) sobre o episódio quixotesco. O altar foi, desde os primeiros momentos do cristianismo, o elemento central da liturgia. Ao princípio a sua disposição no templo era isenta e central, com os fiéis, situados ao redor, lembrando-se, desta forma, o banquete da Última Ceia.
- 5 Terceira geração (1957-1960)
- i Esteve Rúben Terrades
- papai noel lendo sua lista de crianças bom
- O Americano de goji, um cocktail ‘antioxidante’
- Colégio Monclair (Leigo: San Isidro e As Torres)
- 1 Dioceses católicas
- 1987: Categoria “Comunicação e Humanidades” (em conjunto com O Espectador)[129]
- Utiliza caixas de madeira
Igreja do mosteiro de San Miguel de Escalada (arte moçárabe, Portugal, século X). O altar, o altar-mor, fica atrás de uma galeria de arcos que separam a nave central. Iconostasis da igreja do mosteiro de Visoki Dechani (arte bizantina, Sérvia, século XIV). Os templos paleocristãos decoravam seus interiores com pinturas murais (capa Dura Europos) e certos objetos de uso litúrgico, como relicários, depósitos, dísticos de marfim ou pequenas estátuas.
Sua primitiva austeridade se compensava com as luxuosas doações ofrendadas pelos potentados (tesouro Deteriorando). Ciborio romano do século VIII. Ciborio de São João de Latrão, de Arnolfo di Cambio (século XIII). Embora as formas e materiais já eram muito semelhantes aos dos retábulos posteriores, a disposição da peça era exatamente a contrária (diante do altar, e sob ele, em vez de para trás e em posição elevada). Frontal de altar de Santa Maria de Tahull.
Frontal de altar de Seo de Urgel, chamado “dos apóstolos” (é semelhante o frontal de altar Ix). Frontal de altar da Catedral de Aachen. Frontal de altar da Catedral de Basileia. ] como um gênero artístico, forte e criativo, que contava com importantes artistas especializados nas diversas especialidades necessárias para o seu projeto e execução.
A chamada Pala d’oro da Catedral de São Marcos (Veneza). Cargo ourives bizantinos no século X, foi ampliada nos séculos posteriores. Detalhe do retábulo de Westminster (ca. O altare argenteo da Catedral de São Zenão (Pistoia). O retábulo de Santa Maria de Mave (cima-baixo, frente do altar-), atualmente conservado na capela de São Nicolau da Catedral de Burgos.
O material mais empregado foi a madeira, quase sempre, dourada e policromada, embora não faltam exemplos em madeira vista ou outros materiais (prata ou todo o tipo de pedras). As variantes regionais tornam difícil uma classificação uniforme; por exemplo, em Aragão, desde o século XIV tomaram uma forma peculiar de expositor eucarístico, realizados quase sempre em alabastro.
O retábulo gótico costuma apresentar uma aparência marcadamente geométrica, com os encasamentos linearmente dispostos e ocupados por pinturas ou esculturas. ] e pináculos, cresterias, florões e outros elementos, ocupando o resto do espaço (horror vacui). Era comum também a introdução de elementos heráldicos ou até mesmo a inclusão de retratos dos mandantes (normalmente, na posição de orante). Com o tempo, foi se estabelecendo a separação entre o corpo do retábulo propriamente dito e o banco ou um sobre o qual se apoia; e dentro dele, a configuração em corpos e ruas.