“Fui assistente de mulheres durante mais de vinte anos. As comprei e vendi como se fossem gado, para explorar intensamente em nossos clubes, sem compaixão”, reconhece Miguel. Reabilitado e confidente da polícia para lutar contra este flagelo, ele é o protagonista de O Cafetão. A história real sobre o negócio da prostituição (Alrevés), a primeira obra bibliográfica de Mabel Lozano, cineasta comprometida contra o tráfico de mulheres para fins sexuais. Um crime que é “a escravidão de nossos tempos”, segundo Lozano, que estreou em 2007 com o documentário de longa-metragem Vozes contra o tráfico de mulheres, e, mais tarde, repetiu a temática com Meninas Novas 24 horas.
Miguel chegou à vida de Lozano há dois anos através de um amigo em comum. Tinha acabado de sair da prisão e, arrependido dos crimes que o levaram a cumprir uma longa sentença, começou a colaborar com a polícia para eliminar este tipo de redes mafiosas. E também decidiu se redimir confessando a toledana como foi sua vida como escravos de mulheres.
Finalmente, e depois de interromper a relação, em várias ocasiões, Lozano conseguiu que o seu interlocutor de compartilhar com ela os meandros deste opaco negócio, mas também a parte mais pessoal de sua história de vida. “Voltei a ver o vilão, que me provocava uma repugnância impressionante. E de novo, o nosso amigo policial me fez ver que Miguel estava colocando em perigo a sua vida” por dar uma informação tão precisa, prossegue a autora.
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Lozano explica que, após as Olimpíadas de Barcelona, os donos dos bordéis, a maioria frescos e da escola, chegando a grandes proxenetas, compravam por 6.000 euros para as mulheres, principalmente, brasileiras – os mercadores portugueses. Mas, então, os custos são baratearam porque aprenderam a captarlas e enviá-los para a Espanha sem intermediários, uma operação que sondava os 1.200 euros por mulher. No entanto, os benefícios ainda são “ilimitados”. A autora assegura que o tráfico de mulheres para exploração sexual é uma atividade, até mesmo, mais lucrativa e menos arriscada que o tráfico de drogas.
neste sentido, Miguel se levanta quantos quilos de cocaína teria que vender para obter a rentabilidade que lhe dava apenas uma das muitas mulheres que prostituyó. Além disso, ressalta-se a facilidade com que uma menina esperançosa pelo sonho migratório pode passar a fronteira, ao contrário das dificuldades existentes para transportar a droga de um país para outro. O Cafetão também descreve o modus operandi das redes de prostituição em nosso país: as suas hierarquias, suas regras, o uso da violência e da intimidação para manter as redes rivais, assim como a traição.
Em relação a este último, Miguel relata como sua banda decidiu denunciarem os parceiros menos próximos “para conseguir a confiança da Unidade Central de Redes de Imigração Ilegal e Falsidades Documentais (UCRIF)”. ] que tínhamos mais do que ocupada perseguindo e meter na cadeia todos os que nos faziam a concorrência”, acrescenta. Além de burlar as leis contra o tráfico, a obra de Galvão descobre a complexa contabilidade dos bordéis para evitar o pagamento de todos os impostos gerados no âmbito de sua atividade.
A autora sustenta que “a prostituição e o tráfico andam de mãos dadas e que são eles, os espanhóis, donos de bordéis, os que são, no mínimo, de toda a vida dessas mulheres”. Neste sentido, comenta que “não se entende por que os clubes de alterne, em muitos dos quais há mulheres exploradas e vejadas, seguem abertas”. A tese que defende é rotunda: em este negócio ilícito as mulheres são tratadas como um produto de consumo, já que “desde que chegam ao prostíbulo têm data de expiração de um período máximo de três anos”. Depois, narra Lozano, “já reventadas física e psicologicamente”, as vendem por pouco dinheiro a clubes de terceira ou proxenetas que as obrigam a exercer na rua ou em andares”.
Jogar uma mão imaginária O triatleta Scott Tinley, duas vezes vencedor do Ironman do Havaí, quando participava em provas de natação de resistência costumava imaginar que tinha algo acoplado a sua cabeça que puxava dele. Ser victoriasparciales Alguns atletas que têm de cobrir longas distâncias, se motivam com pequenas metas parciais, que lhes trazem para o objetivo final.